..."O Caminho da Bahia, seguia o percurso do Rio São Francisco, a partir de Minas Gerais. Possuía água em abundância, além de oferecer aos viajantes carnes, farinha de qualidade, cavalos, pastos e casas para o repouso entre uma jornada e outra. Sobre as condições desse percurso, a historiadora Maria Odila Leite da Silva salienta que o caminho convergente ao Arraial de Matias Cardoso/MG era “mais suave e mais habitado que o caminho novo para o Rio de Janeiro” (DA SILVA, 2002, p. 47).
Ao descrever o caminho em questão, ressalta sua importância como rota de ligação entre as fazendas de gado que margeavam o vale do Rio das Velhas e o já citado São Francisco até o Porto de Salvador. As informações atestam que, por essa rota, os viajantes podiam se deslocar sem grandes percalços geográficos e com pastagens adequadas assentadas pelo já frequente deslocamento do gado, apesar da longa distância.
Ainda a propósito do traçado e da consolidação do Caminho da Bahia, a pesquisadora Luciane Scarato afirma que o ponto de partida da rota era Salvador, passando por Cachoeira, Santo Antônio de João Amaro e Tranqueira (esta última região já quase às margens do Rio de Contas). A partir deste ponto, o caminho se dividia.
Ainda segundo Starling, as narrativas do Brasil colonial mostram que a existência desse caminho pode ter precipitado a descoberta – ou as descobertas, visto que o achamento dos metais aconteceu de forma simultânea em diferentes pontos da província – do ouro (idem, p. 28).
Apesar de oferecer facilidades ao trânsito, o Caminho da Bahia sempre foi considerado um motivo de preocupação para a Coroa e para os administradores na colônia. Rota de indígenas e negros africanos que fugiam da escravidão e do apresamento, por ela se desdobravam vários outros caminhos paralelos. Entroncamentos, picadas e trilhas escondidas, que se apresentavam como potenciais rotas de fugas e de contrabandos. A maioria desses atalhos era utilizada para fugir da escravidão e burlar o controle fiscal da Coroa, aplicado ao transporte de produtos e de escravos.
Depois da descoberta do ouro, as fugas e o contrabando pela Estrada da Bahia tornaram-se ainda mais frequentes. Por essa razão, o caminho passou a ser proibido em 1702, exceto para a circulação de gado (SCARATO, 2009, p. 44)."
Imagem: Wikipedia.
Post: Josedalva Farias Dos Santos.
Referências: https://memoriadotransporte.org.br/galeria/caminhodabahia/
Para o missão acontecer aqui, no atual distrito de João Amaro(SantoAntôniodeJoãoAmaro), vieram de Amargosa, três irmãos, meus tios bisa, um cosmopolita, tinha um casarão no Pelourinho aonde as filhas estudavam, acho que o nome começava com M..? Esse mandava em tudo. Vou perguntar de novo pra Zé Augusto.
Vazinho(Bernardo, meu bisavô) gostava de mato e de bicho, até um olho furou por isso, o outro não lembro bem, acho que o nome começava com a letra A..Foram enterrados em Amargosa, os dois menos Bernardo. O armazém aonde os serviços citados na matéria eram prestados aos viajantes é esse hj de Antônio Benedito. Quem quiser pode ver a carinha do bisa no link a
https://sueliamaralk.blogspot.com/2014/04/bernardo-de-manoel-de-barros.html