Seu Lourival, Tio Lola, Lolô, Painho. Meu
Papisoberano. O Primeiro Homem da minha vida, que me trouxe pra Bahia¹. Homem Praieiro
Papisoberano. O Primeiro Homem da minha vida, que me trouxe pra Bahia¹. Homem Praieiro
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Andando pela Rua São Domingos ao anoitecer da tarde, ia até a casa da esquina(onde morava Odete) e voltava, ia, e voltava. E edemorava à dormir...abria e fechava os olhinhos, lutando contra o sono.
Aos Domingos, quando não estava de plantão me levava pra missa na igreja dos Mares .. não gostava muito pois minhas perninhas ficavam cansadas. Mas depois íamos pra praia do Canta Galo(ainda limpa). Onde me enterrava na areia, e sumia.
_ Maria!
_ Maria!
A gritaria aflita me agitava. Alguém ajudava na peraltice ...quem?!
Não que eu quisesse assustar, mas era divertido sair do buraco com os "cabelo assanhado" cheio de areia. Cabelos enormes. Nunca tive piolho, seria pelos banhos de praia?
Naquele tempo os pais cuidavam bem dos filhos, imaginem uma criança ir pra escola com o cabelo solto, cheio de piolho.
Vixe como ele puxava as tranças,ô sofrênçia
A casa onde só eu e ele vivíamos era pequena. Mas Cheia de vizinhos e parentes. A todo momento uma injeção aplicada, um curativo. Um encaminhamento pr'um hospital, um esclarecimento de uma receita, uma indicação de um remédio.
Um mar de lamentações... uma romaria e
ainda tinham as visitas à doentes terminais que eu também acompanhava. Não me fez mal, me fez conhecer o valor da caridade, fundamental para a formação da nossa personalidade
No deslizamento de terra da Rua Coronel Pedro Ferrão dormiram muitas pessoas conosco, na minha cabeça pequena um mundo de gente, umas 20. Gente pra lá, gente pra cá, em cima em baixo, dos lados
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