sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

João Amaro-Iaçu-Ba

                  Minha Terra tem o Rio Paraguassú/ Venha logo visitar/
                                          Ou o Nêgo d'água vai te pegar  
Foto de Marcus Gusmão, acho
Na foto mais acima vemos a rampa da estação de trem já aos pedaços. Onde as crianças ainda hoje, brincam de ralar o joelho.
Tão fácil de curar!
  Adrina e Maurício chegando em João Amaro pra's gravações
E No vídeo da novela Pedra Sobre Pedra-Capitulo 2 -Parte 3   a estação de trem ainda está em pé!  As plantas estão meio torradas....não havia irrigação. Adriana Esteves parece eu abestada com o brilho das pedras, minha maior  motivação(as pedras...rsrs) de estudar geologia. na  Escola Técnica Federal da Bahia. Oxe não sei porquê risquei. Ignore
 A trilha sonora  tocava "Entre a serpente e a estrela", de Zé Ramalho


O enredo da novela
Ps. o jovem de paletó e gravata era o Coronel Gratuliano Vaz Sampaio, meu avô 

Produtos à base de Gado

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Black Bloc

Ficheiro:Black Bloc Hamburg.jpg
indymedia
                O black bloc surgiu na Alemanha, na década de 80. A expressão Schwarzer Block nasce nessa época.  Era utilizada pela polícia alemã para identificar os Autonomen. A Rede Globo....fala que as manifestações  com máscaras foram proíbidas lá. Mentira, isso não é possível.Outro dia em um diálogo com eles, os Black Bloc RJ pedi moderação nas atitudes, mais afeto e dei exemplo de como protestar sem violênçia, com a sutileza de La Quenelle.... Bom... é por que não queria sofrimentos Jason Mraz 
Juventude combatente de São Paulo, na linha de frente, enfrenta a repressão policial durante manifestação contra a Copa da Fifa e da grande burguesia. 22 de fevereiro de 2014.
                    Apenas a burguesia média atuante.....desde sempre. Foto massa
                                    It takes a thought to make a word.....
                                    It takes some good to make it hurt
Cameraman hit by explosive in Rio de Janeiro
       Um jornalista morto. Mais um de nós.BBC News
          

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Como criar uma obra de arte

                                 Exercícios diários para Técnica de Criação artística. Itens necessários:

                                         Uma história triste
                                      Uma paixão avalassadora
                                   Um pé de vento
                                Um penhasco

                                                          Um par de asas
                                                             Uma cama dura
                                                                Uma dura caminhada 
                                                        Uma caixa de lenços e chocolate
            “Criar é, basicamente, formar. É poder dar uma forma a algo novo. Em qualquer que seja o campo de atividade, trata-se, nesse ‘novo’, de novas coerências que se estabelecem para a mente humana, fenómenos relacionados de modo novo e compreendidos em termos novos. O ato criador abrange, portanto, a capacidade de compreender; e esta, por sua vez, a de relacionar, ordenar, configurar, significar.” (OSTROWER, 1977, p. 9).                                      

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Minha Santo Amaro 2014

                "A voz de minha mãe continua se espalhando pelos quatro cantos da casa:
                — Está na mesa! Chamem os meninos!
                Os meninos todos já de cabelos brancos chegam e, repetindo o tempo no tempo, falam alto, escolhem os seus lugares, desviram os pratos, olham com agrado a Mãe Centenária que os acolhe com sorriso aberto.http://host2.brasilserv.com/~cozinhad/wp-content/uploads/2011/12/6747053G1.jpg
                 A toalha bem engomada já sabe que após o almoço estará manchada dos caldos azeitados que sempre respingam.
                O sabor e o saber estão servidos. Saber que vem da fala de minha mãe e se derrama sobre os filhos, os netos e os bisnetos que uma mesa só já não comporta. Na varanda, outros lugares para os menores, os mais velhos com direito à mesa da sala.
                Na minha infância, a hora melhor era aquela das refeições, todos juntos falando ao mesmo tempo. Meu pai e minha mãe na cabeceira pedindo que falássemos mais baixo, dando a educação que eles tinham.
                A mesa cheia de gente e de pratos não sabia fazer silêncio.
                A lembrança de meu pai permanece viva no saber de minha mãe, em nossa saudade. O feijão de leite com moqueca de tainha traz esse sabor. Descobri com o passar do tempo que saudade tem cheiro e gosto.
                  Muitas toalhas foram colocadas sob os pratos e correram para o tanque. Muita coisa o tempo lavou e levou, mas muita coisa ficou em cada um de nós. O rosto de minha mãe bem novinho querendo que todos comessem bem. A preocupação com a falta de apetite (“Esse menino só pode estar doente!”). O cuidado em seguida, a comida dada na boca. Aquela forma carinhosa nos fazia fingir inapetência para receber também as colheradas de sopa na boca. Quanta lembrança! Dá água na boca...
IMAGEM1
Em ouro e prata¹
                   O catecismo, pedaços da Bíblia nos chegavam nas fatias de pão, na divisão das postas de peixes. As parábolas de amor ali, na mesa comprida, foram entrando em nossos corações. Sem perceber aprendíamos a amar sendo amados".

"Oh! Virgem Mãe Puríssima
Dai-nos paz e proteção
Para que possamos chegar
Ao Vosso coração.

Sois nossa grande esperança,
Refugio e consolação
No perigo e na bonança
Doce Mãe da Purificação

Ajudai-nos, oh, Carinhosa
Pura e Casta, Virgem Santa
Fazei que nossa alma se eleve
Ao céu vitoriosa

Sois nossa grande esperança
Refugio e consolação
No perigo e na bonança
Doce Mãe da Purificação".
                  "Nos dias de festa, a mesa era enfeitada como moça bonita! Até laços de folhas nas saladas eram arrumados. Frigideiras de repolho, maturi, siri, caranguejo, camarão se espalhavam em assadeiras que serviam de aperitivo à nossa gula.
                  Nossa mesa sempre foi um anti-spa.
               A maniçoba, deixada por último por ser o prato preferido da maioria, chegava derramando na sala, na varanda, no corredor o recado cheiroso das folhas e das carnes defumadas. A farinha fina e bem branca ficava esperando a hora alegre de se misturar aos caldos.
                Comer, beber é coisa de Deus! Quem diz que gula é pecado não estudou no catecismo de nossa família. Comer de mão como índio, como escravo(Muito obrigada, axé!), é liberdade deseducada que nos leva ao passado. Talheres depois, num requinte necessário. Tudo é bom na mesa, em volta da mesa, em volta da gente.
                 Olhar o cálice pequenino cheio de vinho do Porto sorvido por minha mãe é uma bênção que serve de amparo para cada um de nós. Fazer um brinde à mesa e à casa sempre farta é hábito que carregamos.
Em nossa casa, muitas vezes a poesia é misturada a um pedaço de lombo ferrugem. Ferrugem do tempo que não corrói a alegria.
Altar de Santa Bárbara, pronto para a procissão(foto do face)
                  O sincretismo derramado nas comidas para santos e orixás.
As sobremesas nas compoteiras adoçando cada pedaço de vida: ambrosia ou toucinho do céu? Os sorvetes feitos em casa, no congelador, servidos com fatias de bolo. Pirulitos de mel ou de queijo enrolados no papel-manteiga distribuídos para ser tudo como antigamente. As amodas com um gostinho de gengibre ardendo um pouco, ajudando a fazer a digestão.
                 Depois de tanta fartura de doces e salgados, cada um sem se preocupar com calorias recebe o carinho caloroso de toda aquela gente que, arrodeando a mesa, dá a ideia de uma brincadeira de roda quando de barriga cheia, sem remorso, sem medo de engordar, canta: “Bote aqui o seu pezinho, bote aqui juntinho ao meu e depois não vá dizer que você se arrependeu”.

Mabel Velloso é contadora de histórias, escritora, autora do livro O Sal É um Dom — Receitas de Mãe Canô


ps. Coma e seja magro.Que é que tem dar comida na boca da criança?  eu amava quando painho fazia um bolinho de feijão pra isso
¹HINO A NOSSA SENHORA DA PURIFICAÇÃO
SANTO AMARO – BA.
Carlos Sepúlveda
Nossa Senhora da Purificação, a mesma Nossa Senhora das Candeias, ou da Candelária. Incandeia

O Conto dos Três Irmãos

"Era uma vez três irmãos que caminhavam por uma estrada solitária e sinuosa ao crepúsculo, a certa altura, os irmãos chegaram a um rio demasiado fundo para passar a pé e demasiado perigoso para atravessar a nado. Contudo, esses irmãos eram exímios em artes magicas, por isso limitaram-se a agitar as varinhas e fizeram aparecer uma ponte sobre as aguas traiçoeiras. Iam a meio desta quando encontraram o caminho bloqueado por uma figura encapuzada. E a Morte falou-lhes. Estava zangada por ter sido defraudada em três novas vítimas, pois normalmente os viajantes afogavam-se no rio. Mas a Morte era astuta.

Fingiu felicitar os três irmãos pela sua magia e disse que cada um deles havia ganho um prémio por ter sido suficientemente esperto para a evitar.
E assim, o irmão mais velho, que era um homem combativo, pediu uma varinha mais poderosa que todas as que existissem: uma varinha que vencera a Morte! Portanto a Morte foi até um velho sabugueiro na margem do rio, moldou uma varinha de um ramo tombado e deu-a ao irmão mais velho.
Depois, o segundo irmão, que era um homem arrogante, decidiu que queria humilhar ainda mais a Morte e pediu o poder de trazer outros de volta da Morte. Então a Morte pegou numa pedra da margem do rio e deu-a ao segundo irmão, dizendo-lhe que a pedra teria o poder de fazer regressar os mortos.
E depois a Morte perguntou ao terceiro irmão, o mais jovem, do que gostaria ele. O irmão mais novo era o mais humilde e também o mais sensato dos irmãos, e não confiava na Morte. Por isso, pediu qualquer coisa que lhe permitisse sair daquele local sem ser seguido pela Morte. E esta, muito contrariada, entregou-lhe o seu próprio Manto de Invisibilidade. Depois a Morte afastou-se e permitiu que os três irmãos prosseguissem o seu caminho, e eles assim fizeram, falando com espanto a aventura que tinham vivido, e admirando os presentes da Morte.
A seu tempo, os irmãos separaram-se, seguindo cada um o seu destino.O primeiro irmão continuou a viajar durante uma semana ou mais e, ao chegar a uma vila distante, foi procurar um outro feiticeiro com quem tinha desavenças. Naturalmente, com a Varinha do Sabugueiro como arma, não podia deixar de vencer o duelo que se seguiu. Abandonando o inimigo morto estendido no chão, o irmão mais velho dirigiu-se a uma estalagem onde se gabou, alto e bom som, da poderosa varinha que arrancara à própria Morte, e que o tornava invencível.Nessa mesma noite, outro feiticeiro aproximou-se silenciosamente do irmão mais velho, que se achava estendido na sua cama, encharcando em vinho. O ladrão roubou a varinha e, à cautela, cortou o pescoço ao irmão mais velho.Assim a Morte levou consigo o irmão mais velho.                           
                 Entretanto, o segundo irmão viajara para sua casa, onde vivia sozinho. Aí, pegou na pedra que tinha o poder de fazer regressar os mortos, e fê-la girar três vezes na mão. Para seu espanto e satisfação, a figura da rapariga que em tempos esperava desposar, antes da sua morte prematura, apareceu imediatamente diante dele.No entanto, ela estava triste e fria, separada dele como que por um véu. Embora tivesse voltado ao mundo mortal, não pertencia verdadeiramente ali, e sofria. Por fim o segundo irmão louco de saudades não mitigadas, suicidou-se para se juntar verdadeiramente com ela. E assim a Morte levou consigo o segundo irmão.
Mas embora procurasse durante muitos anos o terceiro irmão, a Morte nunca conseguiu encontra-lo. Só ao atingir uma idade provecta é que o irmão mais novo tirou finalmente o manto de invisibilidade e deu ao seu filho. E então acolheu a Morte como uma velha amiga, e foi com ela satisfeito e, como iguais, abandonaram esta vida".

                "Qual de nós, porém, teria revelado a sabedoria do terceiro irmão, se lhe fosse oferecido escolher o melhor presente da Morte? ...Mesmo eu,... acharia mais fácil recusar a Capa da Invisibilidade; o que prova apenas que, esperto como sou, continuo sendo um bobalhão tão grande quanto os demais"¹

¹Os Contos de Beedle, o Bardo; J.K.Rowling;pg.102-103

Elul

Que mês hein! Pra mim tbm teve  tentativas de maldades miúdas, porq o assassinato do americano foi terrível. Não, ele não foi pro céu na hor...