segunda-feira, 16 de setembro de 2024

Doar é vida!


..."Na realidade atual, alguns estados do nosso país demonstram avanços significativos, contando com equipes transplantadoras de reconhecimento internacional, porém, em outros, faltam órgãos para a realização dos transplantes, e, algumas ações são ainda muito incipientes para favorecer a efetivação da doação e, consequentemente, dos transplantes. A recusa familiar para a doação tem sido justificada a partir das seguintes causas: (1) a falta de informação da população; (2) a insatisfação na assistência hospitalar; (3) a dificuldade de compreensão referente à morte encefálica1; (4) a entrevista familiar inadequada; (5) o desconhecimento do desejo do falecido; (6) a desconfiança sobre a seriedade do processo; (7) o desejo de manter a integridade e\ou imagem do corpo; (8) as crenças culturais e religiosas e (9) a recusa em vida por parte do falecido (5,11,12).  Esta pesquisa considera relevante os determinantes já mencionados na literatura, como os principais responsáveis pela recusa familiar para a doação de órgãos e tecidos para transplantes. Entretanto, sugere aprofundar a compreensão sobre o fenômeno da recusa a partir de outras perspectivas do saber.  Na pesquisa de campo realizada no mestrado, objetivou-se revelar impasses subjetivos intervenientes em familiares e profissionais no processo de doação. Observou-se ambos, ainda no hospital, durante o fechamento do protocolo de morte encefálica e na entrevista familiar para doação. Na conclusão, dentre os impasses para doação apontados, revelou-se ainda que houve negativa familiar para doação em 70% dos casos. (13)" Pág 17

..."Considerando a importância do debate sobre o alto número de recusa familiar para doação de órgãos e tecidos para transplantes no estado da Bahia, esta pesquisa propôs-se a analisar, qualitativamente, os principais fatores que levam as famílias residentes na cidade de Salvador e região metropolitana a tomar a decisão de não consentir a doação de seu ente familiar diagnosticado com morte encefálica. (15-17)" 

Continuando, q ao longo do processo mudou o nome e a foi aprovada pelo comitê de ética da faculdade baiana de medicina pág 22 e continua, fala sobre as mudanças na lei, aonde já foi obrigatório e quando não queria tinha que falar na carteira de identidade ou motorista etc e sobre melhoria de diagnóstico da ME


..."Realizar o diagnóstico de ME é obrigatório, e a notificação é compulsória para a Central Estadual de Transplantes (CET), sendo que o protocolo de ME deve ser aberto para todos os pacientes com suspeita de ME, independentemente de serem ou não potenciais doadores de órgãos e tecidos para transplantes. pág 41
Sobre potenciais doadores etc..."neurológicas (acidente vascular cerebral encefálico, traumatismo craniano e tumores cerebrais, entre outras causas), sendo necessários critérios bem estabelecidos para iniciar um protocolo de ME (Westphal et al, 2016). Na UTI, não é difícil encontrar famílias que apresentam dificuldades para compreender, assimilar e aceitar a morte encefálica. Em muitos casos, torna-se evidente a denegação da morte, mecanismo de defesa do ego que busca protegê-lo de verdades impactantes e dolorosas que causem abalos e danos capazes de vir a desorganizar o sujeito na sua estrutura (Furtado, 2011; Freud, 1925/1976).  A resistência para aceitar a morte pode ainda ser reforçada por diversos motivos, dentre eles: os movimentos no corpo, em função dos batimentos cardíacos estimulados pelas medicações, como também pela respiração artificial; em alguns casos, ocorre que o corpo, durante a investigação ou após o diagnóstico fechado de ME, pode apresentar algum movimento, como uma contração muscular dos membros – Sinal de Lázaro – essa situação inusitada pode contribuir para a desconfiança sobre a veracidade da ME, tanto para os profissionais quanto para os familiares, e a falta de confiança nos exames que compõem o protocolo de ME (Morato, Resende, Trivelato & Pimenta, 2009). Após a comunicação médica confirmando o diagnóstico de ME, nos casos em que o paciente é considerado um doador elegível, o profissional, durante o diálogo, deve cercar-se de dados que confirmem a compreensão familiar sobre a ME. Em seguida, de preferência, o mesmo profissional ou outro vinculado à família, devidamente capacitado, deve conduzir a entrevista familiar para a doação, buscando informar que o hospital oferece a possibilidade da doação de órgãos e tecidos para transplantes, caso a família deseje tornar-se doadora, momento no qual devem participar, livremente, os membros da família e/ou pessoas muito próximas (Cajado, 2017)."pág 42

 
A seguir relatos sobre negativas. É também sobre a cultura  de enterrar rápido, enquanto em outras, na Alemanha viu gente... a pessoa demora uma semana para enterrar, cremar, nesse ínterim já foi oferecido um jantar para a família,  no outro dia ou dias depois dá-se a cerimônia de cremação apenas a filha, marido e irmão da falecida etc, nada se fala durante o jantar de triste sobre a morte
😔

Do grupo PDF somente Saúde 



...."Ocorrem casos em que as famílias solicitam uma estimativa de tempo até a finalização da doação, para organizar o sepultamento. Torna-se um desafio precisar o tempo exato em função da complexidade logística que envolve o ato da doação. Observa-se que muitas famílias desistem de doar em função da pressa para finalizar o sofrimento causado pela morte, principalmente em mortes de causa violenta e, nestes casos, após a cirurgia da doação, o corpo ainda prossegue para o Instituto Médico Legal (IML). As narrativas familiares nos permitem uma reflexão acerca da complexidade que envolve a recusa familiar para a doação de órgãos e tecidos, sendo a temática da morte encefálica um momento delicado tanto para a família quanto para a equipe que cuida. A comunicação profissional-família é uma fonte reveladora de equívocos que geram impasses e, possivelmente, contribuem para o desfecho atual: o alto índice de recusa familiar para a doação de órgãos e tecidos no estado da Bahia. "pág 54 ou


..."Conclui-se que a resistência/denegação familiar diante da morte encefálica é, de fato, um impasse subjetivo a ser considerado, dessa maneira, torna-se difícil para a família conceder a doação quando ainda não concluiu que a ME é, realmente, a morte. Essa realidade evidencia a necessidade de condutas profissionais que favoreçam a elaboração da perda e do luto familiar desde o início do processo. A família efetivamente demonstra dificuldades para aceitar a morte encefálica, então, o acolhimento familiar deve ser pautado em uma escuta sensível e qualificada, que busque favorecer a elaboração do luto e a ressignificação da morte. Benefício digno não só para as famílias como também para os pacientes que aguardam na fila a oportunidade do transplante..."

Ps. tbm já ouvi relato, de nao haver médico especialista em transplante de coração por exemplo no momento da doação em Salvador. Foi muito revoltante para a mãe, que doou os órgãos do filho 


Tese de doutorado -Doacao de órgãos, negação  

quinta-feira, 19 de outubro de 2023

Vorbereitung -Clima e Tempo

Nós temos quatro moradas, a Divina, espiritual, sobrenatural; o nosso corpo; a casa e o planeta Terra.

Não devemos ficar aterrorizados com o clima e o tempo, muito usados pelos "político",


pela mídia mas, precisamos fazer a nossa parte do saneamento básico, por exemplo, separando o lixo orgânico q serve  na agricultura , latinhas e plásticos ruins evitar comprar/ consumir ou seja, corta na base 😉

Lavar pratos com bacias, evitar a bucha sintética etc 

Cool clean water 

All day I face
the barren waste
Without the taste
of water.

Cool water.

Old Dan and I, with throats burned dry
and souls that cry,
for water.

Cool clear water.

Dan can you see that big green tree
Where the water's running free
and it's waiting there for you and me.

The nights are cool and I'm a fool,
each star's a pool of water.

Cool water.

But with the dawn
I wake and yawn
and carry on

Cool water. (water)

Cool clear water. (water, water)

Keep a movin' Dan, don't you listen to him, Dan
he's a devil not a man, and he spreads the burnin' sands
With water. (water)

Dan can you see that big green tree
Where the water's running free
and it's waiting there for you and me.

quinta-feira, 24 de agosto de 2023

Não é um problema do corpo

 Minha opinião sobre todo pouco material já visto, existe o corpo, a massa encefálica, a dura mater e o sopro da vida: a consciência. A ansiedade, depressão  são da alma, do espírito e não podemos  tratar as coisas da alma,  da espiritualidade, jogando água, ou seja: só com medicamentos e conversas. Imagine,  a consciência é uma força imaterial  e a psiquiatria/ psicologia vem dizendo que está no córtex cerebral. Falso

Quando lhe rotulam com uma "doença " causada por elas próprias e pelo meio enfim, essas Coisas, que afetam a alma q é imaterial,  estão querendo tirar a culpa delas e jogar em você

Aprendamos a deixar a mente limpa,  o   seu cérebro  sem pensamentos desordenados, com a não resposta as provocações, sem ira,  vingança,  ódio,  não querer justiça a qualquer preço , caprichar na mansidão e na castidade , não é ser neurótica, mas não povoar sua mente com imagens cheias de impurezas, mesmo não  pornograficas,  não viver com piadinhas impuras, faz calor fica irritada? Não aceita os defeitos dos outros? Alguém atrasa fica irritada?  não pode. 

Aceita o passado e confia, entrega o futuro ao tempo. Viver o presente, sem presente, no have future

ps. link do autor do autor, da minha inspiração 




TDAH

Transcrição do Neurocientista que explica como criar novos hábitos (bons ) e controlar os velhos maus. Depois coloco a crítica, no final ou próximo post

Andrei Mayer 
 
Pega um hábito bom que você quer inserir e faz sanduíche, ex: 1. almoço / ler um livro / sobremesa (gosta muito ) 
2. Almoço /exercício /sobremesa etc
 📐Os Hábitos angulares facilitam a construção de hábitos bons, por ex: inserir exercício físico: melhora concentração, sono, etc Outro hábito angular bom: acordou, abre a Janela, e durante o dia também se exponha a luz natural

 🤔Como se livrar de um hábito ruim: a melhor estratégia é substituir por um bom🙃 

A recompensa q a droga dá é artificial, é um hábito ruim muito forte porque a ação é mínima e a recompensa é enorme. É difícil controlar a vontade pense qual é o gatilho, torne ele difícil, evite 
É difícil desfazer um mau hábito 

📝 Jejum de dopamina 
Não podemos querer muita dopamina, pode levar a vícios: quando a motivação é muito grande q leva ao vício, é artificial, engana o cérebro.  Ritalina e venvant(esqueci o nome do remédio da peste?) Tbm viciam 

🌱Jejum, abstinência, mortificação e moderação são as palavras chaves 

 😡Um dos problemas do vício é a falta de motivação p outras tarefas importantes como interagir com amigos; cuidar da saúde etc porq a dopamina é limitada. Você se estimula tanto com vícios q não sobrou nadinha p outras q aparentemente não parecem alegrar o cérebro. 

 🫨DOPAMINA DEMAIS GERA TOLERÂNCIA O corpo (cérebro ) se desemsibiliza e precisa de mais recompensa, aumenta o vício, o paradoxo é q a hedonia se transforma na anehedonia, sem motivação p qualquer coisa 

O  Chocolate tem açúcar e gordura, rouba o cérebro , 
aumenta a dopamina em 50% 
Sexo 100% 
Nicotina 150% 
Cocaina 225% 
Anfetamina 1.000%
 
Os fármacos Ritalina etc agem igual a anfetamina, é uma bomba, muito rápido 

TDAH (hipoatividade?) por algum motivo a dopamina não deixa ver o que é importante, o foco atencional aí o remédio ajuda. Realmente é assim? Rever o vídeo aula. Senão só piorará, vai atrapalhar, ficar dependente, intoxicação etc 

Quanto mais dopamina você tem, mais você quer. 
 🍫Estímulos ruins: jogos, celular, vídeo games, coisas novas, paixões por pessoas. Toda vez q vc está muito empolgada com uma coisa que pode ser boa ou ruim, é a dopamina no pico

🚧 Isso Até no trabalho, qual benefício esse papel lhe trará? Quanto mais produzir, mais ganhar vai chegar aos 35 sem filhos, amigos, companhia triste e só, sem  base, sem poder 

* Jogos (cassino) dinheiro envolvido 🥺 📖A gente (a medicina ) não quer q vc, tenha excesso de dopamina e suas consequências, queremos q ela apareça no momento certo para boas coisas. 
ELA TEM um lado ruim de sempre querer mais e tanto q o cérebro entra em anedonia, não sente mais prazer por nada.

 🎡O jogo de vídeo game etc ou cassino é projetado pra isso, em se viciar
 _Quase cheguei lá! 
_Passei de fase! 
 _A próxima missão!
 _O próximo nível! É muita novidade, a qual superestimula o neurotransmissor 

 🧭O jejum Não é reduzir a dopamina, é modular para que o cérebro readquira a capacidade de engrenagem, de sinaptizar ❤️‍🩹

Sintomas de vícios : Seu cérebro fica menos sensível e você tem que buscar mais e mais 

 1. Desejo incontrolável 
 2. Dificuldade de autocontrole
 3. Tolerância (quer mais) 
 4. Ficar incomodado, ansioso, passar mal
 5. Recaídas 
 📏Vamos controlar, moderar os super-estimulos para evitar os desequilíbrios no cérebro 

 1. A relação com a comida (chocolate etc)
 2. Acesso aos jogos ( projetados para viciar) 
 3. Comprar 
 4. Apostas
 5. Masturbação, acesso a pornografia 
 6. Viajar, novidades 

 ⚙️Que as fechaduras sejam recolocadas de novo no cérebro * Fazer o jejum com um profissional qualificado se o vício for muito grave, já muito antigo, o que pode demorar até um ano * Se for leve em até um mês já refaz as engrenagens no cérebro 

 * Aquela super dica da caixa detox ao deitar e de não acordar pegando no aparelho celular, PC, note etc para atividades que podem esperar

 * Sua amígdala gera ansiedade? 
 Também a noite 🌘 tem que controlar, dormir cedo, jantar até às 19:00hs, melhor 18:00hs, jejum de comida de no mínimo 12/8  ou melhor
16/8 do professor de educação física Volverine


Não precisa ser jejum de tudo, depende da potência; tempo; idade, em algumas pessoas até em um ano, ainda não deu um reset 

 🐼Retirar os gatilhos 
a)Esconder o vídeo game 
b)Tira a internet se for viciada em pornografia
c )Não comprar chocolate etc e preencher o tempo com atividades boas como a física,de preferência ao ar livre,  recompensadora em todos os níveis: aumenta a produção de receptores da dopamina, o cérebro se sensibiliza novamente, apenas pra iniciar

ps.aqui o link do profissional, esqueci aí no texto de falar sobre banho frio, particularmente tenho minhas ressalvas sobre a base da psicologia não sei qual é a dele mas parece ter uma familiar ou religiosa, afinal não fica dizendo que o tratamento é a de eterno. Assunto pra outro post 


domingo, 17 de abril de 2022

Geologia de Omã

 

01 – SULTANATO DE OMÃ: UM CENÁRIO GEOTURÍSTICO NO DESERTO

Ano 6 (2019) – Número 2 Artigos

 10.31419/ISSN.2594-942X.v62019i2a1LBAN

 

 

Leonardo Boiadeiro Ayres Negrão1; Caio Alves de Moraes2; Aline Cristina Sousa da Silva3, Patrícia da Silva Rodrigues4

 

1: Geólogo, Mestre pela UFPA, Doutorando – Martin-Luther-University Halle-Wittenberg. Email: boiadeiro.negrao@gmail.com

2: Geólogo, Mestre pela UFPA, Doutorando – Georg-August-Universität Göttingen. Email: caio_alves_@hotmail.com

3: Geóloga, Mestre pela UFPA. Email: alinecs.silva@hotmail.com

4: Geóloga, Mestre pela UFPA, Senior Intern – German University of Technology in Oman. Email: srdrigues.patricia@outlook.com

 

Abstract

Situated in the Arabic peninsula, Oman is internationally known for its geologic wonders, including many rocky outcrops, the Oman Ophiolite, as well as for its archaeological heritage and the spectacular Arabic culture facing the oil boom. This text shortly presents the country and some of its geological and archaeological heritage, from the view of four graduates in geology by the Federal University of Pará, Brazil, when they experienced an academic internship offered by the German University of Technology in Oman.

Key-words: Oman; geosites; Samail Ophiolite; Aflaj

 

Resumo

Situado na península arábica, Omã é reconhecido internacionalmente por suas maravilhas geológicas, incluindo diversos afloramentos rochosos, o Ofiolito de Oman, os sistemas de irrigação Aflaj (Patrimonio Mundial da Unesco) em meio ao deserto, e a espetacular cultura árabe frente ao boom do petróleo. Esse texto retrata as experiências de quatro graduados em geologia pela Universidade Federal do Pará, em um primeiro contato com Omã e o mundo árabe, na oportunidade de um estágio acadêmico junto a German University of Technology in Oman.

Palavras-chave: Omã; sítios geológicos; Ofiolito Samail; Aflaj

 

Introdução

O Sultanato de Omã, ou apenas Omã, país muçulmano de maioria sunita pacífica consiste em uma monarquia absoluta, governada pelo Sultão Qaboos bin Said al Said desde 1970, o monarca a mais tempo no poder no mundo árabe. Também, provavelmente, um dos mais adorados pelo seu povo, fruto de suas reformas populares com forte investimento na infraestrutura do país, a partir dos lucros obtidos com o petróleo e gás depois de 1967, quando o Sultanato começou a explorar suas reservas de combustível fóssil.

O país controla junto ao Irã, o famoso estreito de Ormuz, localizado entre o Golfo Pérsico e o Golfo de Omã, um ponto historicamente estratégico que conecta o mundo árabe ao mar aberto, por onde passam hoje pelo menos um terço da produção mundial de petróleo. Mascate, a capital do país além de uma bela e moderna e cidade, já foi considerada um dos portos comerciais mais importantes entre o oriente e ocidente, tendo sido palco de diversos conflitos por seu domínio, entre árabes, persas, otomanos e portugueses, quando o Império Português controlou Omã durante boa parte do século XVI (Cunha, 2013).

Figura 1 – Vista da Baía de Mutrah, na capital Mascate, com um dos iates do Sultão Qaabos ancorado.

 

Os registros de ocupação na região são, entretanto, bem mais antigos (Rose et al. 2018). Sítios arqueológicos neolíticos são comuns (Méry & Charpentier, 2013), além de diversas edificações construídas para a produção de cobre nas montanhas de Omã. Algumas dessas foram recentemente consideradas as mais antigas do mundo, 3,100 anos antes de cristo, segundo datações de Carbono-14 (Times of Oman, 2018).

Hoje em dia, no entanto, o que movimenta a economia do país é a produção de petróleo e gás. O boom dessas commodities alimentou o crescimento econômico acelerado de Omã desde o final da década de setenta, e os investimentos em infraestrutura e educação fizeram minar diversas escolas e universidades na região, visando alimentar a oferta de jovens dos crescentes (e grandes) famílias omanenses a procura de formação acadêmica. Dentre essas, a German University of Technology in Oman (GUTech), uma universidade privada com raízes alemãs e afiliada a alemã RWTH Aachen University, figura como um dos principais centros de ensino superior no país. Na oportunidade de um estágio acadêmico oferecido pela GUTech, os autores tiveram contato com o país, sua cultura e a impressionante geologia local. Com vistas a compartilhar nossas experiências com amigos e demais leitores do BOMGEAM, descrevemos aqui algumas curiosidades sobre o país.

 

Localização

O Sultanato de Omã está localizado na porção sudoeste da Península Arábica, tendo fronteiras com os Emirados Árabes no Noroeste, Arábia Saudita no Oeste e com a República do Iêmen no Sudoeste. No litoral, a norte com o Golfo de Omã e a leste com o Oceano Índico (Mar Árabe ou Arábico).

Figura 2 Mapa de localização de Omã. Fonte: http://www.asia-turismo.com/oma/mapa.htm

 

O Sultanato possui aproximadamente 312.500 km2, equivalente a um quarto da área do estado do Pará, com 1700 km de região costeira, que se estende do Estreito de Ormuz no norte, até a fronteira com o Iêmen a sudoeste. O estreito de Ormuz é a única passagem entre o Golfo Pérsico e o oceano aberto, fazendo com que Omã compartilhe com o Irã o único escoamento marítimo da maior produção mundial de petróleo.

A capital Mascate, em inglês Muscat, é a maior cidade do país, com uma população de aproximadamente 1.4 milhões de pessoas. Ela se encontra na região litorânea e é bordejada pela cadeia de montanhas Al-Hajar, que marca a paisagem da cidade. Também conhecida como “Montanhas de Omã”, essas montanhas são formadas principalmente de calcários do Supergrupo Al-Hajar (Permiano – Cretáceo) e por rochas do Ofiolito Samail (Cretáceo Superior), e separam a região de planície costeira do alto planalto desértico até aproximadamente 100 km no interior do país.

 

Clima

As condições climáticas em Omã são hiperáridas a semiáridas com temperaturas próximas de 50°C durante o verão, e entre 15 e 23°C durante o inverno. Porém nas regiões montanhosas a temperatura se mantém moderada durante todo o período do ano. Chuvas em Omã, como em quase todas as regiões áridas, são escassas e irregulares. No entanto, o espectro de vida vegetal e a sazonalidade da floração é mais influenciado pela quantidade e distribuição de chuva do que as variações de temperatura (Ghazanfar, 1997). A precipitação média anual varia entre 50 e 350 mm.

A precipitação na Península Arábica é regulada pelas condições meteorológicas do Mediterrâneo, da Ásia Central, do regime marítimo tropical do Oceano Índico e da África tropical.

Uma característica da região são as inundações repentinas (flash floods), que resultam de eventos de precipitação superiores a 50 mm/dia (Schneider et al. 2018). Tais eventos apresentam apenas 0,4 a 2,9% dos dias chuvosos por ano e os eventos de precipitação em áreas desérticas são considerados altamente variáveis tanto no espaço como no tempo (Fisher, 1984).

 

Geografia

Omã situa-se sobre a placa tectônica da Arábia, que se move para norte e forma uma zona de colisão continente-continente a oeste, e a leste a Zona de subducção de Makran. Três grandes unidades geomorfológicas se destacam no País:

  1. Cadeias de Montanhas, que recobrem 15% do território nacional. Seu ponto culminante é o Jabal Shams com 3075 m acima do nível do mar, situado na cadeia de montanhas da parte central do norte do país.
  1. Planície costeira, que se estende de Batinah no Norte até a planície de Salalah no Sul, com altitude variando de 0 a 500 m, cobrem 3% da região continental. É nessas planícies que se desenvolvem as principais atividades de agricultura do país.
  1. O deserto arenoso, que se situa no interior do país, em área entre as cadeias de montanhas do norte e do sul, com altitude superior a 500 m, e recobrem grande parte do pais, 82%.

Figura 3 Vista a partir das montanhas de Jabel Shams, consideradas o “Grand Canyon Árabe” e dunas do deserto Wahiba Sands, no interior do país.

 

As cadeias de montanhas são bordeadas por imensos leques aluviais que se estendem do norte ao sul, formados por areia e cascalho.

Figura 4 Vista da vila Qantab envolta por rochas carbonáticas do Supergrupo Al-Hajar (Permiano-Cretáceo), nas proximidades de Mascate. A direita, uma das janelas geológicas na região de Mascate com rochas do Ofiolito Samail (Cretáceo Superior) ao fundo.

 

O litoral nordeste de Omã sofreu vários eventos extremos de onda no passado histórico, causados ​​por tsunamis e ciclones tropicais. A Zona de Subdução de Makran (ZSM) é a principal estrutura tectônica responsável pela maioria dos eventos de tsunami no Mar da Arábia. Terremotos relacionados com o ZSM provocaram numerosos tsunamis no norte do Oceano Índico no final do Holoceno (Heidarzadeh & Kijko 2011; Rastogi & Jaiswal 2006). O maior tsunami registrado na região ocorreu em 1945, quando um terremoto de 8.1 na escala Richter provocou um tsunami que impactou parte da costa do norte do Oceano Índico.

 

Sítios geológicos de Omã

Omã é muitas vezes descrito como paraíso geológico, onde em um espaço relativamente pequeno do território é possível encontrar diversis ambientes geológicos. Montanhas formadas por rochas de fundo oceânico de até 3000 metros de altitude, desertos de dunas de areias amarelo-ouro, profundo cânions formados por fluxos perenes de rios e praias fascinantes ao longo da região costeira, em todos os tons de azul, compõem este cenário.  Sítios arqueológicos e afloramentos rochosos são muito comuns no país, onde a vegetação escassa colabora com a exposição das mais diversas feições geológicas.

Figura 5 Falha normal em intercalações de calcários e folhelho negro do Grupo Hawasina (Permo-Triássico), corte de estrada próxima a vila de Bani Na’ab.

 

Wadi Shab

Uma das principais atrações turística no inverno para os amantes da natureza ou das rochas, é o “Wadi shab” (Fig. 5). O termo “Wadi” está associado à regiões áridas, como no Oriente Médio, onde há um leito fluvial efêmero, que geralmente se enche de água somente após fortes chuvas. O Wadi Shab fica a cerca de duas horas a leste de Mascate. A trilha de 2 km (45 minutos), acessível somente a pé, inicia-se com uma travessia curta de barco por moradores locais. O caminho é bastante sinalizado, sem grandes dificuldades, porém é recomendável usar sapatos apropriados que possam ser usados na água, pois há diversas piscinas onde se pode nadar ao longo do caminho.

As rochas carbonáticas maciço-nodulares, de cor amarelada formam degraus, lajes e cavas nas paredes sinuosas e estreitas de até 200 m de altura do cânion. O cânion é formado pela ação erosiva contínua da água, tendo como fonte uma corrente perene de água, com níveis variantes dependendo da precipitação (Hoffmann et al. 2016). Blocos maciços das rochas são frequentemente carregados para dentro do cânion, formados pelo alargamento de fraturas, devido a erosão. Os blocos maciços são expostos ao longo do caminho, sendo necessário em alguns pontos escalá-los para seguir adiante.

Os calcários são ricos em fósseis, incluindo numerosas espécies de corais, equinoides, bivalves, gastrópodes e os maiores foraminíferos, como os nummulitos, formados sob ambiente marinho de plataforma rasa durante o Paleo-Eoceno, sobrepondo a sequência do Ofiolito Samail.  O intemperismo promove um típico cenário cárstico, com numerosas cavernas e canais de drenagem subterrânea.

Há muitas tâmaras, as quais são cultivadas em terraços suspensos ao longo do wadi, agregando beleza ao percurso. A água usada para irrigação circula por meio do sistema falaj (Fig. 6) para dentro dos campos (Hoffmann et al. 2016). Piscinas de água azul com pequenas cachoeiras “surgem” entre os blocos de rocha. As piscinas são uma atração à parte do percurso. É comum se distrair observando os jovens Omanis disputando os melhores e mais altos saltos dentro delas.

 

Bimmah Sinkhole

O parque Bimmah fica a poucos quilômetros do Wadi ShabA maior atração do parque é a cratera oval com cerca de 60 m de diâmetro e 25 metros de profundidade (Fig. 7). O local é muito visitado por turistas como balneário. A água da piscina natural é uma mistura de água do mar salina e água doce subterrânea, devido à proximidade do mar, 600 m.

A região costeira onde se localiza o Bimmah Sinkhole é dominada por calcários eocênicos da Formação Seeb, com suave mergulho para o Norte e, quando não afloram, estão cobertos por sedimentos arenosos pleistocenicos. A cratera foi formada pela dissolução dos calcários e consequente colapso.

Nas paredes da cratera e caverna inferior, é possível observar estalactites, formadas pela dissolução química de dos calcários por água meteórica, ambiente cárstico típico. Os mais corajosos se ariscam a demonstrar suas habilidades em saltos de diferentes alturas das paredes da cratera.

Figura 7 Vista do Bimmah Sinkhole, com os calcários da Formação Seeb, cobertos por sedimentos pleistocênicos.

 

Wahiba Sands

O deserto Wahiba Sands ocupa uma área de aproximadamente 16.000 km2. Ele é formado por dunas de areias avermelhadas de até 100 m de altura, que contém fragmentos de conchas, foraminíferos e pelóides (Gardner 1988), os quais podem estar fracamente cimentados por calcita ou dolomita, além de halita (Hoffmann et al. 2016). Os depósitos de dunas cimentadas são descritos como os mais extensos e contínuos depósitos de eolianitos do mundo (Hoffmann et al. 2016).  Acredita-se que esses depósitos se formaram durante as glaciações do Pleistoceno, quando o nível do mar estava mais baixo expondo uma porção maior da margem continental arábica (Searle 2014).

As dunas do Wahiba Sand são um dos principais destinos dos turistas a Omã e de amantes de esportes radicais. O ponto de encontro para todas as caravanas como destino ao deserto de areia é o pequeno vilarejo de Bidiyah, a duas horas e meia de carro a sudeste de Mascate. Em Bidiyah os carros precisam ser abastecidos e têm os pneus parcialmente descalibrados, para aumentar o atrito com a areia. É recomendável levar bastante líquido e comida, além de tendas e cobertores para suportar as baixas temperaturas da madrugada. A trilha através do deserto de areia dura cerca de 24 horas. Sendo possível a prática de diversos esportes, como rali e sandboard (Fig. 8).

Figura 8 Dunas de areia na porção norte do deserto Wahiba Sands em Omã. Dunas de areia do deserto Wahiba Sands em Omã. A ligeira coloração avermelhada indica minerais óxidos de ferro, principalmente hematita, formados a partir do intemperismo de rochas do Ofiolito Samail. Porções mais esbranquiçadas são ricas em carbonato e quartzo.

 

O Grand Cânion das Arábias

O grande cânion Wadi Al Nakhrou grande cânion das arábias como é conhecido, faz parte da cadeia de montanha de Jebel Akhdar, sendo um dos cumes mais impressionantes dessas montanhas. As sucessivas inundações cavaram um profundo e espetacular cânion no cume de Jebel Shams (3009 m a.s.l.). Este cenário é muito atraente por possuir penhascos íngremes, incisões profundas de wadis com fluxos perenes, cânions estreitos com piscinas azuis e cachoeiras, além de pequenas vilas com terraços verdes agarrados ao lado de barrancos íngremes.

É formado predominantemente por rochas carbonáticas de coloração marrom acinzentada de idade Permiano–Cretáceo Superior. Uma trilha bem conhecida na região é a “balcony walk” que segue paralela às margens do Wadi Al Nakhr do vilarejo de Al Khateem no nível inferior até o pico da montanha. Ao longo do caminho é possível observar o conjunto de falhas e fraturas ao longo das escarpas das montanhas.

Figura 9 Vista do Grande Cânion das Arábias. Fonte: Hoffmann et al (2016).

 

Ofiolito Samail

O Ofiolito Samail (Fig. 11), exposto ao longo das montanhas de Omã é conhecido como o maior, mais intacto, melhor exposto e mais intensamente estudado complexo ofiolítico no mundo (Searle, 2014). Datações U-Pb em zircões de trondhjemitos da parte gabróica do ofiolito mostram que a formação dessas rochas remete ao Cenomaniano, há cerca de 95 milhões de anos (Warren et al. 2005). A esta época, estima-se que um oceano de mais de 1.500 km de largura fechou, e um pedaço dele sofreu obducção na borda da placa da Arábia onde agora se encontra Omã, formando o Ofiolito Semail (Searle & Cox, 1999).

O ofiolito de Omã é constituído por rochas vulcânicas e ultramáficas do manto superior, e ocupa quase 100,000 quilômetros quadrados. Esse ofiolito que antes chegava a 15 quilômetros de espessura e situava-se sob um longo oceano profundo, foi empurrado e hoje forma o topo da borda nordeste do continente árabe. Através dos Ofiolitos de Omã, é possível mapear os caminhos de magmas através de diques nas sequências superiores do manto (harzburgitos-dunitos), traçar a descontinuidade de Mohorovičić, observar câmaras magmáticas, pillow lavas e tantas outras estruturas relacionadas ao manto superior e crosta oceânica.

Figura 10 Principais litologias e sequencia estrutural do Ophiolite Samail, a partir da base: (a) “sole” metamórfica formada por anfibólios no plano de cavalgamento; b) Sequencia mantélica formada por peridotitos, dunitos de cor clara e harzburgitas marrons; c) Zona de transição entre o manto superior e crosta (Moho) com wehrlitos escuros gabros intrudindo harzburgitos; d) gabros de crosta inferior em camadas interbandados com peridotitos do manta de cor escura; (e) complexo de diques sob pillow lavas inferiores, Wadi Ahin; e (f) unidade Geotimes, pillow lavas superiores no Wadi Jizzi. Fonte: (Searle, 2014).

 

O eclogito As Sifah (Fig. 12), por exemplo, representa a parte da sola da placa oceânica do Ofiolito Samail. Essa rocha foi formada a partir de sills basálticos que intrudiram os calcários da Formação Saiq (Permiano) ao longo da margem continental de Omã, e foram posteriormente subductados à profundidades superiores a 80 km durante os últimos estágios da obducção do Ofiolito Samail, sob condições metamórficas de aproximadamente 540ºC e 21 Kbar (Searle et al. 2004).

Figura 11 Vista e detalhe do eclogito As Sifah, com porfiroblastos de granada em matriz rica em glaucofanos e fengitas.

 

Wadi Al Abyad – Moho

O afloramento do Moho, ou descontinuidade de Mohorovičić, encontrado no wadi al Abyad (Fig. 13) é considerado a sequência mais claramente distinguível da série de rochas gabróicas e peridotíticas no mundo. Essa transição é normalmente encontrada em média a 35 km de profundidade abaixo do continente e a cerca de 7 km abaixo da crosta oceânica. O que faz de Omã um dos raros locais na Terra onde as rochas da transição manto – crosta foram expostas ao longo de algumas centenas de metros, trazidas para a superfície por forças tectônicas. Em alguns lugares, o Moho é representado por um contato planar entre peridotitos (harzbugito-dunito) e gabros bandados.

Figura 12 Afloramento Moho no Wadi Al Abyad. Fonte: Hoffmann et al (2016).

 

Sistemas de Irrigação Aflaj: patrimônio arqueológico de Omã

Nos arredores da capital Mascate, em meio a paisagem montanhosa predominante no nordeste do país, chama atenção o sistema de distribuição hídrico a partir das montanhas: o Falaj. Os Aflaj, plural de Falaj, representam mais de três mil sistemas de irrigação ainda em uso em Omã. Evidências arqueológicas indicam que este sistema começou a ser utilizado em torno de 2500 A.C. Pela sua importância histórica e seu impacto social, a UNESCO reconheceu em 2005 os Aflaj de Omã como patrimônio da humanidade

Falaj, na língua árabe, significa dividir em partes iguais. Nesse sentindo, os Aflaj representam aquedutos construídos com o objetivo de canalizar a água das montanhas. Aproveitando-se da força da gravidade, a água é levada montanha abaixo por quilômetros, alimentando vilas, cidades e servindo como uma das principais fontes de irrigação para a agricultura local.

Figura 13 Ilustração de um Falaj tipo Dawudi. Fonte: Al-Ismaily and Probert, 1998.

 

Os Aflaj podem ser divididos em três tipos (Al-Ismaily & Probert, 1998): Dawudi Aflaj que interceptam o lençol freático por uma rede túneis, cavados manualmente, responsáveis por trazer a água até a superfície e distribuí-la montanha abaixo; Ghayli Aflaj, onde a água é acumulada em depressões em wadis, para depois ser canalizada; e, Ayni Aflaj alimentados diretamente por nascentes de água. Uma combinação de dois ou mais tipos de Aflaj, é também comum.

Figura 14 Poço de acesso (ou de controle) de túnel, e túnel de um Dawudi Aflaj.

 

Quando um Falaj era construído, o direito ao seu uso era dividido proporcionalmente ao capital ou investimento em mão de obra de cada família que participou na sua construção. Esse direito de uso podia ser negociado como ativos, como se fossem terras, entre as famílias omanenses (McDonnell, 2016). Dessa forma, cada família detinha o direito de uso do Falaj por determinado tempo durante o dia ou a noite, sendo esta partição geralmente controlada por um ancião da vila.

Embora os Aflaj já não forneçam mais água em larga escala para uso doméstico e para a agricultura, eles foram a principal fonte de abastecimento de água em Omã, com exceção da planície costeira, onde poços eram também utilizados. Diversas plantações, além de criações de animais, eram e ainda são alimentados pelos Aflaj, sendo as plantações de Tâmaras (Phoenix dactylifera) as mais expressivas, fazendo delas até hoje o principal produto da agricultura omanense.

Figura 15 Canal de Falaj a esquerda e Tamareiras (Phoenix dactylifera), a direita, irrigadas pelo Falaj.

 

Conclusões e recomendações

Omã possui inúmeros e impressionantes sítios geológicos que permitem, em um uma área relativamente pequena, conhecer a geologia do país e ter acesso a raras exposições da crosta oceânica representada pelo Ofiolito Samail, e isto graças ao ambiente de deserto atual. Embora o país não seja tão famoso como seu vizinho Emirados Árabes Unidos, a infraestrutura moderna e excelente rede viária o torna um atrativo para os amantes do Geoturismo, além de uma oportunidade de conhecer a cultura árabe local.

Com o declínio na produção de óleo e gás, o Sultanato tem apostado no turismo como uma de suas fontes de renda para agora e para o futuro. Investimentos incluem diversos resorts, parques e um novo aeroporto de última geração inaugurado na capital Mascate.

Oportunidades de estágio nos centros de ensino no país são oferecidas semestralmente para as mais diversas áreas de atuação, incluindo a geologia. Essas são, também, uma forma de se conhecer o país. As candidaturas são geralmente individuais e têm como pré-requisito o domínio da língua inglesa, utilizada nas instituições de ensino superior.

 

Agradecimentos

Os autores agradecem a German University of Technology in Oman pela oportunidade de estágio nessa instituição, em especial ao Departamento de Geologia, incluindo todos os professores e demais internos. Ao professor Marcondes Lima da Costa pelas correções e melhoramento do presente texto.

 

Referências

Al-Ismaily, H. & Probert, D., 1998. Water-resource facilities and management strategy for Oman. Applied Energy. 61: 125–146

Cunha, J. T. E., 2013. Oman and Omanis in Portuguese Sources in the Early Modern Period (ca.1500-1750). In: H-R. Michaela & A. S. Abdulrahman (Eds.). Oman and Overseas. Hildesheim/Zurique/Nova Iorque: Georg Olms Verlag. 227-263

Fisher, M., 1984. Another look at the variability of desert climates, using examples from Oman.  Global Ecology & Biogeography Letters. Oxford (Blackwell). 4:79–87

Gardner, R. A. M., 1988. Aeolianites and marine deposits of the Wahiba Sands: character and palaeoenvironment. Journal of Oman Studies Special Report. 3: 75-94.

Ghazanfar, S. A., 1997. The phenology of desert plants: a 3-year study in a gravel desert wadi in northern Oman. Journal of Arid Environments. 35: 407–417.

Heidarzadeh, M. & Kijko, A., 2011. A probabilistic tsunami hazard assessment for the Makran subduction zone at the northwestern Indian Ocean. Natural Hazards. 56(3): 577-593.

Hoffmann, G., Rupprechter, M., Mayrhofer, C., 2013. Review of the long-term coastal evolution of North Oman – subsidence versus uplift. [Review der langfristigen Küstenentwicklung Nordomans – Senkung und Hebung.] – Zeitschrift der Deutschen Gesellschaft für Geowissenschaften. Stuttgart. 164: 237–252.

McDonnell, R., 2016. Groundwater governance in the Arab world – Taking stock and addressing the challenges. IWMI Project Report No. 14. USAID AID-263-IO-13-00005.

Méry, S. & Charpentier, V., 2013. Neolithic material cultures of Oman and the Gulf seashores from 5500–4500 BCE. Arabian Archaeology and Epigraphy. 24: 73-78.

Rastogi, B. K. & Jaiswal, R.  K., 2006.  A catalog of tsunamis in the Indian Ocean. Science of Tsunami Hazards. 25(3): 128–143.

Rose, J. I., Hilbert, Y. H., Marks, A.E., Usik V. I., 2018. The First Peoples of Oman: Palaeolithic archaeology of the Nejd plateau. Muscat: Ministry of Heritage and Culture.

Schneider, B., Hoffman, G., Falkenroth, M., Grade, J., 2018. Tsunami and storm sediments in Oman: Characterizing extreme wave deposits using terrestrial laser scanning. Journal of Coastal Conservation.

Searle, M. & Cox, J., 1999. Tectonic setting, origin, and obduction of the Oman ophiolite. – Geological Society of America, Bull., Boulder (CO) (Geol. Soc. America). 111: 104– 122.

Searle, M. P., Warren, C. J., Waters, D. J., Parrish, R. R., 2004. Structural evolution, metamorphism and restoration of the Arabian continental margin, Saih Hatat region, Oman Mountains. Journal of Structural Geology. 26: 451–473.

Searle, P. M., 2014. Preserving Oman’s geological heritage: proposal for establishment of World Heritage Sites, National GeoParks and Sites of Special Scientific Interest (SSSI). Geological Society, London, Special Publications. 392, 13: 9-44.

Warren, C. J., Parrish, R. R., Waters, D. J., Searle, M. P., 2005. Dating the geologic history of Oman’s Semail ophiolite: insights from U–Pb geochronology. Contributions to Mineralogy and Petrology. 150, 403

Oldest Bronze Age towers and copper workshops discovered in Oman. Oman Heritage. Times of Oman, 19/02/2018. Disponível em: https://timesofoman.com/article/128442.

 

 

 10.31419/ISSN.2594-942X.v62019i2a1LBAN

Grupo de Mineralogia e Geoquímica Aplicada
contato@gmga.com.br
 

BOMGEAM ISSN 2594-942X

 

Elul

Que mês hein! Pra mim tbm teve  tentativas de maldades miúdas, porq o assassinato do americano foi terrível. Não, ele não foi pro céu na hor...